sábado, 17 de setembro de 2011

Meu Signo

Você é de Virgem, não? é o signo regido por Mercúrio, o planeta dá inteligência as pessoas de Virgem. Sempre conseguem o que querem embora no começo pareça tudo muito difícil...
E eu gostava dele, merda, sempre acabava gostando das pessoas e todas as suas loucuras, por mais virginianas que elas fossem...
"Ela é mais que um sorriso tímido de canto de boca, dos que você sabe que ela soube o que você quis dizer. Ela fala com o coração e sabe que o amor, não é qualquer um que consegue ter. Ela é a sensibilidade de alguém que não entende o que veio fazer nessa vida, mas vive."

"E assim, aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a vida lhe deu, lhe dará. A moça - que não era Capitu, mas também tem olhos de ressaca - levanta e segue em frente. Não por ser forte, e sim pelo contrário... por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência. E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo."
-Caio F. Abreu.
- Você é anormal menina. Eita, o que ele fazia de tão especial? Tipo, sei que não é fácil esquecer, mas gostar às vezes é estranho...
    - Não fazia nada...Eu só..Só gostava, entende?
    - Mas porque gosta "às vezes'' dele ainda?
    - Por gostar. Me apeguei à ele como nunca me apeguei a ninguém...Prendi e não quis mais soltar.
    -Entendo. E ele, por onde anda?

  - Pelas ruas de um Porto (...) Amando mulheres, garotas, meninas... Amando todas, menos à mim.

Banho de chuva


“... vamos lá, secador, reparador de pontas, escova... hum... chapinha.”
Assim inicia mais um dia. Arruma cabelo, escolhe a roupa (ah, saudade de um uniforme), maquiagem, brinco, isso, não devo esquecer, odeio sair sem brinco.
Tudo certo, dentro dos conformes da rotina diária, não falta nada. Chama a mamãe e pronuncia a frase de sempre: “Qualquer coisa me liga ta, beijo!”
No caminho vou pensando nas coisas que tenho que fazer, priorizando tarefas, colocando a bagunça em ordem. Passo na frente da fruteira da esquina, lá vendem chocolate também, é claro, uma paradinha para um bombom, um inofensivo bombom. Já no ponto de ônibus, sentada e tentando não acompanhar o movimento dos carros, ouço as mais incríveis histórias de quem está ao lado. Adoro quando reúnem senhoras, de uns 60 anos ou mais, gosto do jeito que contam suas histórias, acabo rindo da forma como falam dos jovens “de hoje em dia”... hehehe.
Olho para o alto, para os lados... o tempo não está pra sol... lá vem chuva! Abro a bolsa para conferir o “kit sobrevivência da mulher que ainda não dirige sozinha (mas tem habilitação e carro) e nem tem namorado pra buscar”... e cadê? “Droga, esqueci a sombrinha de novo”. Penso logo nas longas horas de secador e chapinha. Incrível, saí de casa tão concentrada nas atividades do turno da tarde, que nem pensei em olhar direito para o tempo e para o interior da bolsa. Ahhh... o interior da bolsa, tem de tudo lá, muita coisa que não uso, mas sempre esqueço do que vou realmente precisar. Tudo bem, vamos pensar positivo. “A chuva vai iniciar quando você colocar o pé dentro da sua sala, lá no seu trabalho, fica tranquila...”. Pensar positivo ajuda. Cheguei, sã e salva, sem me molhar. Entrei na sala. Começou a chuva. Espreguicei na cadeira, olhei pela janela... “... chuvinha boa!!!”. Não me pergunte como nem se eu tinha tempo. Parei um momento e fiquei lembrando de um certo dia. Um sentimento nostálgico invadiu a minha mente e me levou para...

... fim das aulas. O ano não me lembro, sei que ainda usava aquela mochila cor-de-rosa, com penduricalhos, coisa de menina, bem menina. Nos despedimos dos amigos do interior, não os veríamos tão cedo. Amigos da cidade foi um adeus breve, pois logo toparíamos por ai, no centro daquele pacato lugar de 8.000 habitantes. Impossível não tropeçar um no outro. Hum, antes do adeus, assinar o caderno, lembrança de um ano que se vai. Colocar frases e poemas. Nossa, dá pra sentir que somos estrelas dando autógrafos. Acompanhamos os ônibus saírem. As mãos abanam até ele virar a esquina. Agora sim, podemos ir pra casa. Felizes por não ter que aturar as aulas de matemática, biologia (bem, acho que era ciências)... mas uma tristezinha batendo no fundo do peito. Saudade que já batia na porta do coração. Saudades das conversas, dos passeios no bosque, da fila da cantina... hum... o cheirinho do pastel da Dona Têre.
Já no caminho de casa, olho para o alto... e para os lados. O tempo não estava mais pra sol. Sim, ia chover e muito. Só o que eu queria era que chovesse. Tinha deixado a sombrinha em casa, por descuido mesmo, pois minha mãe falou várias vezes antes de eu sair... “... pega a sombrinha menina, olha que vai chover!”
Tudo que eu queria era aquele banho de chuva. Pedi então, “chova por favor, agora e não depois.” E choveu! Como choveu. Foi um momento maravilhoso. Chuva que vinha de todos os lados, vento, poças de água.. brincadeiras, alegrias... risos. Lembro-me da carinha da minha mãe, aquele rosto que de longe eu entendia dizer: “... eu avisei né. Se der gripe, não vem pedir chazinho...” Foi tão bom...

“.... ei? Ta sonhando acordada menina? Acordaaa!!! Já tirou os relatórios dos bancos?”

É, eu estava sonhando sim!
Agora de volta para a realidade, a moça do cabelo com chapinha, e não a menina da mochila cor-de-rosa que implorava pela chuva. Confesso, no final daquele dia, ou melhor daquela noite, eu tentei pensar positivo e pedir chuva. Queria ver o cabelo desarrumado, mas não choveu mais.