segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Poderíamos casar. Teríamos um apartamento, tomaríamos café as cinco da tarde, discordaríamos quanto a cor das cortinas, não arrumaríamos a cama diariamente, a geladeira seria repleta de congelados e coca-cola, o armário, de porcarias, adiaríamos o despertador umas trinta vezes, sentaríamos na sala de pijama e pantufas, sairíamos pra jantar em dia de chuva e chegariamos encharcados, nos beijaríamos no meio de alguma frase, você pegaria no sono com a mão no meu cabelo e eu, escutando sua respiração. Eu riria sem motivo e você perguntaria porque, eu não responderia, saberíamos.

                           (CFA)
" Esvaziei a mala,olhei no fundo dela,limpei,e estou indo...preenchê-la com coisas novas.Sensações novas,pessoas novas. Tudo novo."
Controla, menina, controla esse coração angustiado. Controla essas palavras ácidas que pulam da sua boca, dá um jeito nesse seu jeito inseguro. Dá um jeito nessa sua vida, não dá pra viver no escuro, de olhos cegos, apalpando o nada. Escolha um caminho, vai em frente, não olha pra trás, não olha pra baixo como quem tem arrependimento de ser o que é.

“Nunca quis coisas grandes… sou feita de pequenezas.”

"Eu tenho medo, mas não me escondo. Eu choro até pegar no sono e acordo depois disposta a vencer tudo. Eu me entrego às vezes até sem pensar. Eu suspiro alto. Eu fecho os olhos nos momentos mais imprevistos, pra sentir melhor, pra ver melhor, com os olhos de dentro. Eu agarro com força e esqueço de soltar. Eu faço caretas e sinto o mundo girando ao redor. Eu sou assim. Meio mulher, meio criança. Uma confusão de verdades e mistérios dentro de um coração que só sabe amar…"

“… Então me ensina.

 Me fala de cores. De sonhos, sobre quantas colheres de açúcar. De listas de melhores bandas da última década. Tenho pressa em aprender a te entreter. Sou eu só, contra um mundo de ofertas mais altas que a minha…”
- Gabito Nunes

A flor que muito pensa,